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Por: Juliana Steuernagel / UK
BRICS: Presidente Lula está na África do Sul para importante reunião que discutirá a possível adesão e apoio de novos países.
Imagem: Reprodução Instagram
O presidente Luis Inácio Lula da Silva foi o primeiro integrante do BRICS a chegar na capital da África do Sul. Os líderes dos países BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – deverão abrir uma reunião em Joanesburgo, na terça-feira, onde irão ponderar a expansão da adesão, à medida que alguns membros pressionam para transformar o bloco num contrapeso ao Ocidente.
O aumento das tensões globais provocadas pela guerra na Ucrânia e uma rivalidade crescente entre a China e os Estados Unidos acrescentaram urgência a um esforço para fortalecer o bloco, que por vezes sofreu com divisões internas.
“Um BRICS com número maior de países participantes representará um grupo diversificado de nações com diferentes sistemas políticos que partilham um desejo comum de ter uma ordem global mais equilibrada”, disse o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, num discurso antes das reuniões.
O reforço da utilização das moedas locais dos Estados-Membros também está na agenda.
Os organizadores da cimeira sul-africana, no entanto, dizem que não haverá discussões sobre uma moeda dos BRICS, uma ideia lançada pelo Brasil no início deste ano como uma alternativa à dependência do dólar.
Ramaphosa receberá o presidente chinês Xi Jinping, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi de 22 a 24 de agosto.
O presidente russo, Vladimir Putin, não viajará para a África do Sul e mas vai participar das reuniões virtualmente.
A expansão tem sido há muito tempo um objetivo da China, que espera que uma adesão mais ampla dê influência a um grupo que já abriga cerca de 40% da população mundial e um quarto do PIB global.
Os líderes realizarão um mini-retiro e jantar na noite desta terça-feira, onde provavelmente discutirão uma estrutura e critérios para a admissão de novos países.
Imagem: reprodução internet
O presidente russo Vladimir Putin não participa pessoalmente da reunião porque corre o risco de ser preso.
Putin tem contra ele um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPP) por supostos crimes cometidos pela Rússia durante a guerra contra a Ucrânia.
Como a África do Sul integra o tribunal, poderia prender o presidente Putin, assim que entrasse no país.
Diante disto, o presidente russo decidiu participar da reunião remotamente.
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